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Todos os Homens honestos mataram César. A alguns faltou arte, a outros coragem e a outros oportunidade mas a nenhum faltou a vontade
- Marcus Tullius Cicero -


sábado, 14 de julho de 2007

 

A Organização política e administrativa da Península Ibérica


Conquistada a Península Ibérica foi-lhe aplicado o modelo romano de organização política e administrativa.
A primeira divisão administrativa foi realizada em 197 a.C., com a criação de duas províncias: a Hispânia Citerior e a Hispânia Ulterior. A romanização das populações da Hispânia foi tão efectiva que, no século II d.C., o mundo Romano seria governado por dois imperadores naturais da Península, Trajano e Adriano.

Em 27 a.C., o imperador Augusto reorganizou o Império e, na Península Ibérica, foram criadas três províncias:
- Bética, a sul, com a capital em Corduba (Córdova);
- Lusitânia, a Ocidente, com a capital em Emerita Augusta (Mérida);
- Tarraconense, a Oriente, com a capital em Tarraca (Tarragona)

Só a Bética ficou província senatorial. As outras duas, mais instáveis, mantiveram-se imperiais, governadas por propretores, de nomeação directa do Imperador.
O Imperador Vespasiano, (69 - 79 a.C.), dividiu as províncias em conventus, que eram divisões administrativas e judiciais mais pequenas, permitindo uma administração mais eficaz. Nesta divisão parece ter havido alguma preocupação, relativamente à reunião da população da mesma origem tribal.
Diocleciano, no final do século III, reorganizou o Império, aumentou o número de províncias e acabou com a distinção entre províncias imperiais e províncias senatoriais.
Por todas as províncias foram criadas "colónias", onde normalmente se fixavam soldados saídos dos exércitos, com as suas famílias, ou outros romanos que, constituíndo família com indígenas, os tornavam cidadões das províncias.

Ruinas de S. Cucufate, perto de Beja

Criaram também novas cidades, segundo o modelo romano (civitates), remodelaram as já existentes, atribuíndo a muitas delas o estatuto de município.
Apesar da administração central de Roma estar presente em cargos financeiros e militares, conservam a sua autonomia, as suas instituições e costumes e a sua língua, pagando um imposto fundiário a Roma. A partir de 212, todas as cidades do Império têm o mesmo estatuto e, portanto, a cidadania, a organização política e administrativa iguais à da cidade de Roma.