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Todos os Homens honestos mataram César. A alguns faltou arte, a outros coragem e a outros oportunidade mas a nenhum faltou a vontade
- Marcus Tullius Cicero -


quarta-feira, 17 de outubro de 2007

 

Uma sociedade de grandes contrastes



A sociedade romana, tal como sucedia com muitas outras, caracterizava-se pela existência de profundas diferenças. A principal era, sem dúvida, aquela que distinguiu os homens livres da grande multidão de escravos.


legionárioNa verdade, a sociedade romana dependia, em grande parte, do trabalho escravo. A expansão tinha permitido obter milhares de escravos, cuja vida era de trabalho duríssimo. Para além do trabalho no campo ou nas minas, outros escravos trabalhavam nos serviços domésticos. Outros ainda eram seleccionados para gladiadores e treinados para lutarem em espectáculos públicos até à morte. Todavia, os escravos mais valorizados eram os gregos cultos. Muitos tornavam-se secretários particulares dos seus patrões e outros acompanhavam as crianças ricas nas suas tarefas escolares, à maneira grega (os escravos pedagogos).
No final do século I a.C., por exemplo, calcula-se que existiam, na Península Ibérica, cerca de três milhões de escravos (à volta de 40% da população). A difícil situação dos escravos tinha levado, aliás, a numerosas revoltas, como foi o caso da revolta de Spartacus, em 73 a.C., violentamente reprimida.
Por outro lado, entre os próprios homens livres existiam aqueles que tinham a condição de cidadãos romanos e os que não possuíam a cidadania (Só a partir do século III o direito de cidadania foi estendido a todos os habitantes livres do Império).
Finalmente, os próprios cidadãos encontravam-se hierarquizados numa escala social determinada pelo valor das suas fortunas. No grau inferior encontravam-se os membros da plebe, isto é, os plebeus. A plebe era formada por pequenos proprietários, rendeiros, artesãos, pequenos comerciantes, etc. Muitos plebeus viviam na dependência das famílias, de quem eram clientes. Os clientes eram geralmente plebeus que estavam na dependência de uma família rica e poderosa. O cliente estava unido ao seu patrono por laços de confiança mútua: o patrono ajudava-o, dando-lhe dinheiro ou alimentos, defendia-o e protegia-o. Em troca o cliente devia-lhe respeito e obediência. Dessa forma, os patronos conseguiam que a sua numerosa "clientela", na altura das eleições, votasse nos candidatos que lhes interessavam.
Havia também um elevado número de desempregados, vivendo à custa do Estado, que os alimentava com distribuições gratuitas de trigo.


Comments:
legal ^^
 
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